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PLACA NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

PLACA  NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

sábado, 29 de setembro de 2007

THE LEOPOLDINA RAILWAY(*)


Armando Sérgio Mercadante

“A Estrada de Ferro Leopoldina foi a primeira estrada de ferro construída em Minas Gerais. Surgiu da iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira.para transportar a produção das fazendas que era transportada em lombo de burros, através de imensas tropas de muares que desde as regiões mais remotas, chegavam até os centros consumidores mais distantes atingindo os portos do litoral”.

Valeu Celso! Agradeço sensibilizado os versos que você me dedicou. Além da beleza fazem uma reflexão sobre a importância do sentimento na criação literária. Aproveito para parabenizar o Alexandre pelo artigo sobre seu pai Zé Carrano. Estive algumas vezes com ele no antigo Palácio da Saúde em Juiz de Fora. Zé Carrano sempre foi conhecido pela sua competência, responsabilidade e disposição em ajudar as pessoas. De fato um exemplo de profissional que deve ser imitado e um orgulho para nossa mãe Recreio.

Entrei no sitio do Museu de História e Ciências Naturais de Além Paraíba – http://www.museuhcnaturais.org.br/ - Estão vendendo o DVD Além da Ferrovia cujo conteúdo é o resgate de fotos de algumas das principais Estações mineiras e fluminenses da Estrada de Ferro Leopoldina. Com todo respeito aos idealizadores e produtores do documentário a EFL merecia uma obra melhor. Pecou pela falta de criatividade, informações, depoimentos e fundo musical adequado.

No sitio do Museu encontrei algumas informações interessantes dobre a EFL em Minas Gerais.

A Estrada de Ferro Leopoldina foi a primeira a ser construída em Minas Gerais. Surgiu da iniciativa de fazendeiros e comerciantes da Zona da Mata Mineira para transportar a produção das fazendas que era conduzida em lombo de burros, através de imensas tropas de muares que desde as regiões mais remotas, chegavam até os centros consumidores mais distantes atingindo os portos do litoral. É importante ressaltar que a economia brasileira do século XIX foi marcada pela expansão da lavoura cafeeira, que transformou o Sudeste na região mais importante do país. Juntamente com o aumento do mercado consumidor europeu e americano, foi o fator determinante para essa expansão. Esse foi o fator primordial para a instalação dessa ferrovia.

É importante lembrar que o nome Leopoldina, como muitos pensam, não é uma homenagem à Imperatriz Leopoldina. Em 1871 foi autorizada a construção de uma estrada de ferro que partindo de Porto Novo do Cunha tivesse como destino final a cidade mineira de Leopoldina. A Companhia que então se organizou adotou o nome “COMPANHIA ESTRADA DE FERRO LEOPOLDINA”.

No dia 08 de outubro de 1874 foram abertas ao tráfego as três primeiras Estações, nos quilômetros 3 (São José – em São José d’Além Parahyba), 12 (Pantano – atual Fernando Lobo) e 27 (Volta Grande). Na inauguração compareceram Sua Majestade o Imperador Dom Pedro II, diversos membros do Corpo Legislativo, o Ministro da Agricultura Conselheiro José Fernandes da Costa Pereira, os Conselheiros Christiano Benedicto Ottoni e Ignácio Marcondes Homem de Mello. Os Drs. Manoel Buarque de Macedo, Bento Ribeiro Sobragy e muitos outros.

Para a inauguração a frota de material rodante incluía cinco locomotivas, sendo duas Rogers, duas Baldwin e outra de fabricação Belga. Ostentavam os seguintes nomes: Visconde de Abaeté, Conselheiro Theodoro, Godoy, Cataguases e Pomba. Havia ainda 48 vagões de carga e 8 carros de passageiros”.

Os trabalhos de construção prosseguiram com rapidez, inaugurando em curtos intervalos de tempo as estações de São Luiz e Providência. Em julho de 1877 foram entregues ao tráfego as estações de Cataguases e Leopoldina, cerca de 120 quilômetros do início da estrada de ferro.

No sitio dos Amigos do Trem, http://www.trembrasil.org.br/, encontrei uma interessante informação sobre as locomotivas:“Uma locomotiva move-se, arrastando todo o trem, porque suas rodas comprimem os trilhos, dando origem a uma força de tração que deve ser superior à força da inércia do mesmo. Por isso, as rodas são tão numerosas e grandes. Quanto maior o número de eixos motores e, conseqüentemente, de rodas, maior será a força de tração. São três os tipos de rodas de uma locomotiva. Na parte da frente ficam as rodas-piloto, que não recebem impulso direto do motor; são pequenas e deslizam facilmente pelas curvas, servindo de guias para as outras. A seguir, vêm as rodas motrizes acopladas e, por fim, as pequenas rodas portantes, cuja função é a e sustentar a parte posterior da máquina. Toda locomotiva pode ser classificada pelo número de rodas de sua combinação (Sistema Whyte). A numeração 4.6.2, por exemplo, significa 4 rodas-piloto servindo de guias, 6 rodas motrizes acopladas e duas portantes, que suportam o peso da fornalha.”

Com uma pontinha bem grande de inveja pergunto: será tão difícil assim construir um Museu em Recreio?

Em tempo. Encontrei com o Jouglas Lourenço que me lembrou do Samba do Crioulo Doido onde Sérgio Porto, Stanilaw Ponte Preta, atribui, erroneamente, o nome Leopoldina à nossa Imperatriz. “Assim se conta essa história/ Que é dos dois a maior glória/ Da. Leopoldina virou trem/ e D. Pedro é uma estação também.”

PS Cópia da Carta de Fiança assinada em14 de novembro de 1924 pelo Sr. Manoel Marcellino Araujo e Rita Roque Araujo pais do meu avô Sebastião Araujo como exigência para sua admissão na EFL. O valor da fiança foi de 3.000$000 (treis contos de réis).

"The Leopoldina Railway Company Limited

Os abaixo assinados, Manoel Marcellino Araujo e sua mulher D. Rita Roque Araujo, proprietario, residentes em Recreio, se responsabilisam como fiadores e principais pagadores, perante a The Leopoldina Raiway Company Limited até a quantia de 3.000$000 (treis contos de reis) como fiadores do Smr Sebastião Araujo por prejuizos que o mesmo possa causar à Companhia. dirante o período em que permanecer como sleu empregado, não podendo, porem levantar a fiança se, previo aviso de 3 mezes . No caso de algum desfalque , se obrigam a entrar immediatamente com a quantia até a importancia desta fiança, lógo que sejam intimados para tal fim pelo representante da Companhia. Se o empregado afiançado quizer retirar-se da Companhia não poderá levantar a fiança sem que sejam tomadas todas contas e verificadas todas as suas responsabilidades como empregado da Companhia.

Recreio, 14 de novembro de 1924.

Manoel Marcellino Araujo

Rita Roque Araujo

José Carlos Ferreira

Jorge de Oliveira Horta"

(*) FERROVIA





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