Juventino e Aparecidinha tinham saído da Casa Paroquial onde foram providenciar os papéis do casório. Foram recebidos pelo Pe. Ávila que fez um sermão sobre as responsabilidades do casamento. Estavam felizes e já tinham pensado nos padrinhos que seriam convidados. “Minhas florzinha de laranjeira, precisava o Seu Vigário puxar nossas orelhas? “ Puxou não meu chuchuzinho, ele só falou umas coisas bonitas pra gente. Fica embestado não” . Juventino despediu-se da sua futura esposa e lembrou que precisava passar no Banco Hipotecário e ter uma prosa com o gerente Darci do Banco sobre as economias que tinha depositado durante anos. Foi conselho do Baiano, funcionário competente que Juventino admirava. E agora tinha chegado a hora de saber quanto tinha juntado. Mas antes precisa ir correndo para casa e receber o Tote Bombeiro. Um cano de chumbo tinha furado. Enquanto Tote fazia a solda bateu na porta um mensageiro do Posto Telefônico com um recado da telefonista Dona Tatá: “ O Capitão Inácio está aguardando você no telefone”. Juventino saiu feito uma bala em direção ao Posto Telefônico. Foi só colocar o telefone no ouvido, fazer o em-nome-do-pai e ouvir o Capitão: “Fiquei sabendo que você vai casar com a Aparecidinha. Por que não me contou?” “Sabe Capitão, eu queria fazer uma surpresa pro senhor e convida-lo para ser meu padrinho de casamento”. “ Faz muito bem Juventino. Se você não me convidasse seria uma desfeita. Deixa a festança por minha conta. Vou mandar matar uns bois e vamos oferecer um churrasco pra ninguém botar defeito. Converso com o Sebastiãozinho e alugo o Colina. O Chiquito com a Jardineira pode ficar a disposição dos convidados que não tem automóvel. Amanhã estarei no Arraial Novo. Passe lá em casa para combinarmos os detalhes. Não se esqueça de levar o nome dos padrinhos. Dê uma chegada na loja do Luiz Fernando do Compadre Vieira e escolha uma geladeira, uma televisão e um DVD dos bons. É só mandar anotar na minha conta. Vai ser o meu presente de casamento. Compre coisa boa sem se preocupar com o preço. Fale com a Aparecidinha para procurar meu amigo Arnaldo Barcellos na Casa Nadinho e pegar o que estiver faltando para o enxoval. Se precisar de mais coisas procure o Compadre Sebastião Camilo de Araújo na Venda Nova (Bazar Recreio).
Chegou o grande dia. A igreja estava lotada. Celino e Dona Líbia aguardando a entrada da noiva para executarem a Marcha Nupcial. Rubinho Retratista já estava preparado para eternizar o grande momento. Juventino em pé próximo do altar usava um terno feito na Alfaiataria do Sr. Jarbas pelo alfaiate Arlindo Peres. Os sapatos tinham sido comprados no Castrinho. A gravata na Casa Nadinho. Aparecidinha fez o penteado com Dona Ligia Caminha, famosa cabelereira. O bolo estava a cargo da Dona Caçula doceira de primeira mão.O vestido de noiva foi feito pela Dona Filhinha, costureira famosa e competente. Aparecidinha seria conduzida até as escadarias da igreja pelo chofer de praça João do Hotel. A igreja foi ornamentada pela Dona Vanda, Nair e Maria do Frederico. As flores vieram de Barbacena. No casarão dos Melidos não paravam de chegar os presentes.
Juventino estava impaciente. Pe. Ávila inquieto com o atraso da noiva. Quando Celino no violino e Dona Líbia no Harmônio começaram a executar a Marcha Nupcial Aparecidinha entrou sendo conduzida ao altar pelo Prefeito Municipal Dr. Rafael Costa Cruz Figueiras, grande amigo da família que substituiu o pai da noiva já falecido. Na frente, o lindo casal de criancinhas, Aníbal e Alice levavam as alianças. No momento da benção das alianças a Ave Maria foi cantada pela Niva. A emoção tomou conta de todos. Juventino e Aparecidinha deram o primeiro beijo em público. Terminada a cerimônia teve início o churrasco preparado pelo Salim. Capitão Inácio era só sorrisos. Os convidados fartavam-se diante de tantas iguarias. No meio da festa foram surpreendidos por um espetáculo pirotécnico executado pelo Chiquito Fogueteiro. Encerrada a festança os noivos foram conduzidos pelo Jaci Lima no seu carro de praça, um Ford 1945, para a fazenda do Capitão Inácio onde iriam passar a lua de mel.
Rubico Tantã chorava que nem criança. Seu grande companheiro de copo agora tinha uma dona brava que nem jararaca. Seu grande amigo virou camisolão. Cansou de preveni-lo: “Juventino, quem tá fora quer entrar e quem tá dentro quer sair. Pensa bem no que você vai fazer”.
A cobertura jornalística foi feita pelo Jornal de Recreio, O Verbo, A Piroga, Voz da Cidade e O Lidador de Conceição da Boa Vista. A fotografia dos noivos seria capa da próxima edição do fanzine Mar de Morros. A cerimônia foi transmitida pela Rádio Mundial de Recreio.
Capitão Inácio estava feliz. Tudo tinha saído conforme planejado por ele. Suas ordens foram cumpridas. Os padrinhos foram escolhidos a dedo do jeito que tinha que ser e o Padre Ávila fez um bonito e emocionante sermão.
Chegou o grande dia. A igreja estava lotada. Celino e Dona Líbia aguardando a entrada da noiva para executarem a Marcha Nupcial. Rubinho Retratista já estava preparado para eternizar o grande momento. Juventino em pé próximo do altar usava um terno feito na Alfaiataria do Sr. Jarbas pelo alfaiate Arlindo Peres. Os sapatos tinham sido comprados no Castrinho. A gravata na Casa Nadinho. Aparecidinha fez o penteado com Dona Ligia Caminha, famosa cabelereira. O bolo estava a cargo da Dona Caçula doceira de primeira mão.O vestido de noiva foi feito pela Dona Filhinha, costureira famosa e competente. Aparecidinha seria conduzida até as escadarias da igreja pelo chofer de praça João do Hotel. A igreja foi ornamentada pela Dona Vanda, Nair e Maria do Frederico. As flores vieram de Barbacena. No casarão dos Melidos não paravam de chegar os presentes.
Juventino estava impaciente. Pe. Ávila inquieto com o atraso da noiva. Quando Celino no violino e Dona Líbia no Harmônio começaram a executar a Marcha Nupcial Aparecidinha entrou sendo conduzida ao altar pelo Prefeito Municipal Dr. Rafael Costa Cruz Figueiras, grande amigo da família que substituiu o pai da noiva já falecido. Na frente, o lindo casal de criancinhas, Aníbal e Alice levavam as alianças. No momento da benção das alianças a Ave Maria foi cantada pela Niva. A emoção tomou conta de todos. Juventino e Aparecidinha deram o primeiro beijo em público. Terminada a cerimônia teve início o churrasco preparado pelo Salim. Capitão Inácio era só sorrisos. Os convidados fartavam-se diante de tantas iguarias. No meio da festa foram surpreendidos por um espetáculo pirotécnico executado pelo Chiquito Fogueteiro. Encerrada a festança os noivos foram conduzidos pelo Jaci Lima no seu carro de praça, um Ford 1945, para a fazenda do Capitão Inácio onde iriam passar a lua de mel.
Rubico Tantã chorava que nem criança. Seu grande companheiro de copo agora tinha uma dona brava que nem jararaca. Seu grande amigo virou camisolão. Cansou de preveni-lo: “Juventino, quem tá fora quer entrar e quem tá dentro quer sair. Pensa bem no que você vai fazer”.
A cobertura jornalística foi feita pelo Jornal de Recreio, O Verbo, A Piroga, Voz da Cidade e O Lidador de Conceição da Boa Vista. A fotografia dos noivos seria capa da próxima edição do fanzine Mar de Morros. A cerimônia foi transmitida pela Rádio Mundial de Recreio.
Capitão Inácio estava feliz. Tudo tinha saído conforme planejado por ele. Suas ordens foram cumpridas. Os padrinhos foram escolhidos a dedo do jeito que tinha que ser e o Padre Ávila fez um bonito e emocionante sermão.
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