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PLACA NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

PLACA  NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

COLÉGIO JOÃO XXIII UMA ESCOLA PARA A VIDA


Na fotografia da direita ( da esquerda para a direita) Nadia Forezi, Magda, Profa. Maria Regina, Prof. Armando Sérgio, Maria Eugênia e Wania Miranda.

Sentados da direita para a esquerda
de cima para baixo: Cacá, Zezé Cambatim, Rui Sérgio
Barroso Ferreira, Mauro Nei, Zazi, Toninho
da Malha, Déo, Aristides (Ted Boy Marino), Heloisa Botelho e Davizinho.

Em pé: Pe. Mauro de Queiroz e Prof. Armando
Sérgio Mercadante.
À direita alunos do colégio cantando o Hino
Nacional.

“Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”(Mt.7,19-20). E muitos frutos bons foram entregues à comunidade.
João XXIII foi um colégio movido pelo idealismo, determinação, competência e, sobretudo, pelo amor ao ensino. A seriedade e a reflexão sobre o sentido e a finalidade da educação com base na concepção cristã do homem. A visão ecumênica e os princípios humanísticos e cristãos, lá encontraram abrigo graças à competência, seriedade e a responsabilidade de seus dirigentes, funcionários e professores.
Lecionei Lógica, Orientação Educacional, Educação Religiosa para as turmas do Curso Normal e Científico. Professor preocupado com os valores cristãos, consciente da importância de ser educador, fui mais aluno do que professor. Aprendi mais do que ensinei. Na verdade, professor não é aquele que ensina mas aquele que aprende. Este é o aspecto, aparentemente contraditório, que diferencia o educador do professor-ensinador.
Li com muita tristeza, tempos atrás, um artigo publicado num jornal de Recreio sobre o Colégio João XXIII. Escrito por um recreiense que prefiro não citar o nome, tinha apenas o claro objetivo de atacar. Dizia: que o colégio ao transferir-se para o prédio do Hospital São Sebastião, apenas levou vantagens, prejudicando o andamento das obras para o funcionamento do Hospital. A “lógica” do autor era: se o colégio não tivesse ocupado o prédio, Recreio já teria seu hospital funcionando ha muito tempo. Ora, antes de transferir-se para o hospital, os responsáveis pelo colégio realizaram obras para colocá-lo em condições, pois o prédio ainda encontrava-se “no osso”, entregue ao abandono e exposto à ação destrutiva do tempo. No período em que funcionou, conservou e deu continuidade as obras, impedindo que o tempo acabasse de destrui-lo, como aconteceu com o prédio do futuro Ginásio Estadual de Recreio, no Bairro Planalto, na época do então Prefeito Dr. José Antônio Monteiro de Barros. Essa é a verdade dos fatos. O compromisso assumido pelo Colégio João XXIII, no termo de utilização do prédio do hospital, foi cumprido e respeitado integralmente. Se o Colégio não tivesse ido para lá hoje não teríamos o Hospital funcionando.
Na época da publicação do artigo a indignação tomou conta das pessoas que lá viveram e conheciam a história. Dona Nice, revolta, pediu-me que escrevesse um artigo rebatendo as mentiras e mostrando a verdade. Achei por bem, na época, que o melhor seria ignorar. Perdão Dona Nice. Deveria ter seguido o seu conselho.
O grande dia da coleta chegou em 8 de dezembro de 1967, às 13 horas, no Cine Recreio, quando foi realizada a sessão solene de formatura dos primeiros Normalistas de Recreio. Os primeiros frutos foram entregues à comunidade: Ana Cândida Neves Guimarães, Ana Maria da Costa Malta, Anamaria Rodrigues Neto, Angela Penha Simão da Silva, Blanoires Tôrres Loureiro, Delcy Faria Duarte, Edna de Almeida Fernandes, Eleutéria Maria Machado, Gilberto Peres de Oliveira, Heloisa Helena Pimenta Simão, João Baptista de Oliveira, Leila Fonseca Magalhães, Leila Maria Vargas Ferreira, Lila Jane Lourenço Miranda, Luiza Helena Conti de Almeida, Luiz Hamilton Ferreira Vicente, Maria Amélia Martins Simão, Maria Aparecida Dias de Oliveira, Maria Arminda Salles Abreu dos Santos, Maria Assunção Rocha da Silva, Maria Auxiliadora Guilherme Ferreira, Maria Elvira da Silva Brito, Maria Izabel Andrade Merij, Maria José Ávila de Oliveira, Marly Auliadora de Araújo, Mercês Martins Simão, Nilce Aurora Loçasso de Paula, Osmir Oliveria Carvalho, Pedro Ernesto Ferreira Dorigo, Regina Maria Sabadine, Sônia Maria Teixeira de Melo, Stela Maria Muniz Panza, Tereza de Lourdes Pimenta, Vera Lúcia Teixeira de Melo, Vilmano Francisco Vieira e Wilma Loureiro Dias.
Na capa do convite de formatura, ao lado de uma árvore impressa em verde, estava escrito:
“progredir,
produzir, ir além do que se é,
elevar-se ao mais alto –
e o mundo se erguerá para Deus.”
O espírito empreendedor de seus dirigentes, o compromisso com a educação como instrumento de conscientização e libertação do homem, eram tão fortes que uma nova árvore foi plantada em Conceição Boa Vista. Em 1968, foi criado o Ginásio John Kennedy pelo Colégio João XXIII. E em 5 de dezembro de 1971, às 15 horas, no salão da Praça D. Prudêncio novos frutos foram entregues à comunidade. Receberam o Diploma de conclusão do Curso Ginasial: Angela Maria Carneiro Pimenta, Darcy Martins Oliveira, Darcy Moreira de Souza, Edgar Cruz de Freitas, Eloy Cruz de Freitas, Fernando José Vieira, José Antônio de Freitas Marquito, José Luiz Brassolino, Lucy das Graças Freitas, Manoel Antônio Marchito Fontes, Maria da Conceição Trescate e Vera Lúcia Carneiro Pimenta. No convite de formatura estava escrito: “Não pergunteis o que vosso País pode fazer por vós, mas o que vós podeis fazer por vosso País.”(J. F. G. Kennedy)
A árvore deu muitos frutos durante muitos anos até que um dia morreu. Das suas sementes novas árvores frutificaram, dando assim continuidade ao ciclo vida.
Gostaria de citar os nomes das pessoas que lá estudaram e que hoje são médicos, engenheiros, psicólogos, bioquímicos, economistas, professores, dentistas, fonoaudiólogos, empresários, técnicos e tantas outras profissões. Também gostaria de citar as pessoas que lá trabalharam contribuindo para que a “escola de vida” cumprisse com a sua missão. Mas tenho receio de cometer injustiça esquecendo nomes que tiveram, direta ou indiretamente, um papel importante nessa história tão bonita .
A história do Colégio João XXIII, do Ginásio João Kennedy e da extensão de série em Cisneiros começou no período em que Pe. Juarez Augusto e Pe. Mauro de Queiroz foram párocos em Recreio. Um período marcado por inovações profundas no campo religioso, educacional e social.
“E na verdade todos os que querem viver plenamente em Cristo Jesus padecerão perseguições.”(II Tim 3-12). E assim aconteceu.
Em dezembro de 1986 o COLÉGIO JOÃO XXIII encerrou suas atividades. 

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