Na fotografia da direita a Ladeira Arlindo Peres em
Recreio, Minas Gerais.
Abaixo Arlindo Peres Martins ao lado de sua esposa e rodeado pelos
seus filhos.
No governo do Prefeito Dr. Geraldo Damasceno de Almeida , a rua onde sempre residiu com seus familiares recebeu o nome de ARLINDO PERES. rua esta que liga a Ladeira Guimarães à São Joaquim. A placa foi entregue pessoalmente ao José Peres pelo Prefeito Municipal Dr. Fernando Coimbra de Almeida antes de ser fixada na rua.
Na primeira fotografia da esquerda para a direita : Maria Aparecida Peres, Arminda Peres Martins . Ana Maria Rocha Peres, Maria das Graças Rocha Peres. No primeiro plano Maria José Rocha Peres , Arlindo Peres, Anna Rocha Peres e Rosa Maria Rocha Peres.
Na segunda fotografia da esquerda para a direita: José Peres Martins, Alaor Rocha Peres, Waldir Peres Rocha (Careca) e Haroldo Peres Martins.
Transcrevo abaixo um artigo escrito pelo Herold Torres no fanize Mar de Morros, número 92, Ano 9 - 01/10 14/11 de 2007, contando um episódio da vida do Arlindo Peres.
TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
Herold Torres
Na minha adolescência, quando eu passava em frente ao Bar Oriente, notei várias pessoas aglomeradas na porta do prédio olhando para o seu interior. Despertou em mim a curiosidade e fui checar.
Pra minha surpresa vi um homem de seus um metro e oitenta e cinco, mais ou menos, de altura, com uns cem quilos presumíveis, completamente nu. Era um guarda-roupa. Tratava-se do padeiro Tatão Melido. Seu pão não era lá grandes coisas, mas as suas rosquinhas eram uma delícia.
Tatão vivia na obscuridade. Era uma raridade vê-lo, mas quando tirava o dia para beber, tornava-se um homem impossível, agressivo, chato, provocante. Comprava briga com qualquer um e a encarava. Dava medo.
O dono do Bar Oriente e o garçom insistiam para que ele vestisse a roupa e ele relutava e, cada vez mais agressivo, amedrontava a todos.
De repente, sai de uma alfaiataria de propriedade do Sr. Jarbas – que ficava ao lado do bar - , um homenzinho dentro de seus um metro e sessenta de altura aproximadamente, trajando calças com suspensórios e camisa de mangas compridas arregaçadas. Trava-se do Sr. Arlindo Peres que, ao deparar com aquela cena, apanhou lentamente a calça, a camisa e cueca do dito cujo, levando toda aquela tralha até o peito do Tatão, dizendo:
- Cria vergonha nesta cara e vista esta roupa agora!
Tatão encarou o Sr. Arlindo, olhou para os espectadores, tornou a encara-lo, enquanto o Sr. Arlindo mantinha as roupas à altura do peito.
Pensei: ele vai dar um sopapo no Seu Arlindo que, pegar de jeito, vai mata-lo.
Um encarava o outro enquanto o silêncio era a expectativa do momento.
E o Sr. Arlindo repetiu:
- Cria vergonha nesta cara, vagabundo, e vista esta roupa agora! Antes que eu a esfregue nesta sua cara de sem vergonha!
Tatão, diante da voz firme e enérgica do Sr. Arlindo, não teve outra alternativa senão vesti-la.
Assim que vestiu a roupa, saiu lentamente em direção à porta, enquanto as pessoas abriam um clarão para sua passagem.
Aí, começaram a formar bolinhos com comentários cuja tônica era: tanto homem grande e nenhum teve a coragem de enfrentar o Tatão; foi um baixinho que o enfrentou sem teme-lo em momento algum sequer e, ainda por cima, colocando-o a caminho de casa.
Há dias venho recordando este acontecimento que lá vai pra um sessenta anos. Cheguei à conclusão de que o Sr. Arlindo Peres teve aquela autoridade sobre o Tatão porque era um homem trabalhador, um pai de família exemplar e de uma retidão de caráter invejável. Gente muito bem quista na sociedade. Era de fato um de estatura baixa, mas de grande personalidade. Soube criar sua prole, onde todos são gente de bem.
Me orgulho muito de ser amigo de todos os seus filhos e em especial do meu saudoso colega e amigo Alaor.
Um comentário:
Aprendi muito
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