Na Cerâmica do Tio Estácio
Ver o Totote fazer vasos, jarras e moringas
Era fantástico para nossas cabeças infantis.
Como de uma pelota de barro saia um vaso?
Como ficavam todos do mesmo tamanho?
Com o pé ele girava uma roda de madeira grande
Que movimentava o torno.
Em cima do torno ele colocava
Uma pelota de barro numa roda menor
E com as mãos molhadas
Moldava os vasos sem quebrá-los
Usando instrumentos rudimentares
Que nem sei os nomes que davam.
Depois de prontos eram enfileirados
Em tábuas do lado de fora da cerâmica.
Chegava o momento de serem enfornados.
O que exigia exigia arte e conhecimento.
A temperatura tinha que ficar no ponto
Sem um aparelho para fazer a medição.
O forneiro sabia dosar o calor e mantê-lo estável.
Colocando a quantidade certa de lenha na fornalha.
As peças depois de prontas
Eram pintadas pelo Carlos para serem vendidas.
Assim era a cerâmica do tio Estácio.
Um mundo fantástico que nos deixava felizes.
Pedíamos um pedaço de barro
E fazíamos hominhos, boizinhos, cavalinhos
E bolinhas que depois de secas viravam
Munição para nossas atiradeiras
Nas caçadas aos passarinhos.
Nota: para conhecer o trabalho nas cerâmicas antigas visite os endereços:
www.http:/cmdmc.com.br/apceramica2004.pdf
www.ceramicanorio.com/beaba.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário