MARIA FUMAÇA
Lá vem a Maria Fumaça
Rebolando pelos trilhos.
Soltando fagulhas e fumaça.
Com sede de água
E fome de lenha
Pergunta:
Cadê o Foguista?
Cadê a caixa d’água?
Quando pára na estação
Desembarca o namorado
Para alegria da namorada.
E deixa uma saudade doída
No coração do noivo
Ao ver sua noiva
Subir no vagão.
E Maria Fumaça
Comovida apita
Comemorando o amor.
Maria Fumaça
Não é locomotiva
Nem máquina a vapor
É simplesmente
Uma encantadora Maria
Cantando com seu apito
Uma música encantadora
Que o tempo não apagou.
Nota: fotografia de 1937 tirada na antiga Rua Campo Limpo. No fundo a Maria puxando o expresso com destino a Ponte Nova. Mamãe é a primeira, no sentido horário, com seus 15 anos de idade.
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