"Este famoso programa do rádio brasileiro, um dos poucos aconselhados pela Liga Católica de Moralidade, foi apresentado na Rádio Nacional, primeiramente, às quartas-feiras, com o tempo de apenas 15 minutos no horário da manhã. Na décima apresentação, eram tantos os pedidos, chegaram tantas cartas, que a Direção Geral resolveu apresentá-lo duas vezes por semana, às 17:30, horário mais conveniente para a garotada e até hoje permanece nesse horário. Feito dentro dos mais rígios princípios pedagógicos, o programa "Histórias do Tio Janjão" se tornou, em breve, o líder do seu horário e, mais do que isso, um sadio orientador de nossa infancia e juventude que têm no Tio Janjão, não um mestre carrancudo, mas um admirável amigo. Com quase três dezenas de programas originais, "Histórias do Tio Janjão" teve, recentemente, a unânime consagração das maiores expressões da inteligência brasileira não só de escritores e jornalistas, mas de mestres e professoras especializadas em educação infantil, que recomendaram o programa como precioso auxiliar na educação e formação do caráter das crianças brasileiras". (texto extraido da contra-capa do LP de 10" lançado em 1955 pela LONG PLAY RADIO.
Alvaro Aguiar ( Tio Janjão). Conhecido galã, rádio-ator de grandes méritos, Álvaro Aguiar se identificou de tal maneira dom "Histórias do Tio Janjão" que "dificilmente se encontrará no broadcasting brasileiro alguém que o substitua. E por que? Homem consciente, com grande experiência no trato com as crianças, não faz do rádio apenas um lugar de serviço - atinge as suas altas habiliades - a de ensinar, divertindo; a de difundir sadios ensinamentos, forjar carateres, criar cidadãos úteis a si mesmos e ao Brasil de amanhã. Alvaro Aguiar, côncio de ser Tio Janjão é tarefa agradável, mas dificil, pauta toda sua vida num verdadeiro exemplo de trabalho, de dignidade profissional, de perseverança e de sadio otimismo. Além de suas grandes interpretações no rádio, Alvaro Aguiar, no cinema, trabalhou nos seguintes filmes: "Vidas solidárias", "Asas do Brasil", "O homem que passa", "A inconveniência de ser espôsa", "O noivo de minha mulher", "O dominó negro" e o "Brumas da vida". No teatro, trabalhou com Bibi Ferreira na peça - "Os amores de Sinhazinha", passando-se depois para a companhia teatral Mme. Henriette Morineau, onde atuou nas seguintes peças: "Frenesi", "Mademoiselle", "Elizabeth de Inglaterra" e "Duas mulheres".
Oranice Franco - (Escritor da Histórias). Nasceu em Lima Duarte, MG, onde iniciou o curso primário, estudando, a seguir, em Juiz de Fora e São João del Rei, onde sua família reside. Redator de "A Noite" durante muitos anos, escreveu contos, reportagens e um seção de rádio que se tornou, na época, muito popular assinada como O. Frank. De "A Noite", transferiu-se para a Rádio Nacional. Escreveu três livros de versos "Minha Rua de Minas, em que retrata as cidades, vilas, paisagens e coisas de sua terra. "O Poço da Memória, em que fala do mineiro, sempre ensismesado; e, recentemente, , "Mares de Minas", completando o ciclo da poesia mineira. No rádio escreveu vários programas e novelas, , destacando-se: "Clarice", com Mário Brasini, "Para toda a vida", "A marcha para Deus", novela sobre os extraordinários feitos do Onze R. I., REgimento Tiradentes, na guerra, "O Noivo Meneiras", "As Nvas mil e uma noites", "Alma encantadora das ruas", "O gato de botas", etc. Atualmente (1955) é Chefe de Redação da Rádio Nacional.
Uma curiosidade sobre o programa: os pais escrevism para o programa e o Tio Janjão mandava um recado para as crianças "Olha, fulano, você não está estudando.
Taí colegas de geração. Curtam O MACACO QUE FOI REI POR UM DIA.
2 comentários:
Fiquei muuuuuito emocionada ao ouvir a voz do tio Janjão contando história. Cresci ouvindo as suas histórias maravilhosas com minha mãe e minhas irmãs. Até hoje me lembro de algumas delas.
Obrigada por trazer de volta essas lembranças.
Sou de Curitiba e tenho 59 anos. Na minha infância tinha um disco com Histórias do Tio Janjã que foi extraviado. Procurei e procuro reencontrá-lo em sebos etc. Tudo em vão.
A história do meu disco contava que um gato de beco (Peixoto) apaixonou-se pela Gatinha Angorá e para namorá-la foi ajudado pelo Gato Poeta. ALguém conhece ou ouviu esta história. ALguém sabe como posso tentar recuperar este audio. Tomara que eu consiga alguma informação. Obrigado Paulo Vianna viannapaulo@hotmail.com
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