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PLACA NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

PLACA  NA ESTRADA DE CONCEIÇÃO DA BOA VISTA NAS PROXIMIDADES DO COLINA CLUBE

sábado, 16 de junho de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2012


Armando Sérgio Mercadante

No dia sete de outubro será realizada a grande festa da democracia com o povo exercendo o seu direito de escolher seus candidatos através do voto direto e secreto. Nossa história política é conturbada e marcada por crises, rompimentos, lutas, prisões e torturas. O voto direto foi uma conquista com muita luta e derramamento de sangue. Nossa experiência democrática ainda não completou 50 anos. Mas aos poucos nossa democracia e instituições políticas estão amadurecendo. A cassação do mandato de políticos corruptos e a Lei da Ficha Limpa são bons exemplos. Os escândalos envolvendo os Três Poderes não podem ser motivos para o desinteresse pela política. Sobre o assunto Bertolf Brecht em seu poema O analfabeto político foi brilhante: “O pior analfabeto é o/ analfabeto político. Ele não ouve,/ não fala, nem participa dos/ acontecimentos políticos./ Ele não sabe que o custo de vida,/ o preço do feijão, do peixe,/ da farinha, do aluguel,/ do sapato e do remédio,/ dependem das decisões políticas./ O analfabeto político/ é tão burro que se orgulha e/ estufa o peito dizendo/ que odeia a política./ Não sabe o imbecil que/ da sua ignorância política/ nasce a prostituta,/ o menor abandonado,/ e o pior de todos os bandidos/ que é o político vigarista,/ pilantra, o corrupto/ e lacaio dos exploradores do povo”.
Nosso povo não pode acreditar em falsas generalizações como “todo político rouba”, “todo político é desonesto”, “o brasileiro não sabe votar”, “a Lei da Ficha Limpa é para inglês ver”. São generalizações que atendem aos interesses de grupos conservadores que não querem mudanças que coloquem em risco seus privilégios e que apostam todas as fichas na desmoralização do regime democrático, aplaudem os casos de corrupção envolvendo os Três Poderes e defendem a volta de práticas que povoaram nossa história política e que serviram para garantir suas regalias e privilégios com o sacrifício dos menos favorecidos. É colocar em cheque e desmoralizar nossas instituições políticas na medida em que se põe num mesmo saco o bom e o ruim. A verdade é que existem políticos sérios, honestos e comprometidos com o bem estar do povo e que não podem ser desacreditados. A nova roupagem da Inquisição é a “fogueira” da desmoralização pública de inocentes que incomodam os interesses de grupos privilegiados ao defenderem uma democracia madura, a ética na política e o bem comum. Difundir a idéia de que o brasileiro não sabe votar é ignorar os últimos resultados eleitorais que demonstraram um aumento de consciência política do nosso povo. Se a nossa economia continua estável, enquanto a Europa vive uma crise econômica séria, é porque o brasileiro soube escolher seus governantes.  Infelizmente ainda existem pessoas que vendem seu voto em troca de favores. É o preço que pagamos pela democracia que está fundamentada no princípio da liberdade embora, sem sobras de dúvidas, é o melhor regime político.  As generalizações acima estão a serviço do conservadorismo e da ditadura que são grandes inimigos das instituições democráticas.
Durante a campanha política deste ano devemos analisar com cuidado as propostas apresentadas no palanque e nos meios de comunicação, a história política dos candidatos e se têm um plano de governo ou de exercício da vereança elaborado em cima das necessidades e potencialidades do município e que atende aos anseios da comunidade.
Temos dois tipos básicos de ação política. A de interesse público que se caracteriza pelo uso do poder para alcançar o bem comum da maioria do povo e a de interesse particular, que se caracteriza pelo uso do poder em benefício de pessoas ou grupos privilegiados, desprezando-se o bem comum que é a soma das condições concretas que permitem aos membros de uma sociedade alcançar um padrão de vida civilizado, compatível com a dignidade da pessoa humana. Que o eleitor faça a sua escolha separando o joio do trigo elegendo os candidatos comprometidos com o bem comum.

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